Saluton, geamikoj.
Jen interesa notico.
Titanic: no naufrágio também faleceu um esperantista.
"Há exatamente cem anos, em 15 de abril de 1912, naufragou o navio Titanic, e
com ele extinguiu-se uma estrela-guia do jornalismo investigativo, do movimento
contra a guerra e do movimento esperantista na Grã-Bretanha. Ele se chamava W.T.
Stead." Com essas palavras tem início o interessante artigo publicado pelo
esperantista britânico Ian Fantom na revista `Esperanto' (órgão oficial da
Associação Mundial de Esperanto, sediada em Roterdã, Países Baixos – edição de
abril de 2012, p. 84-85).
No artigo, ficamos sabendo que William Thomas Stead foi jornalista, redator e
pacifista. Trabalharam com ele George Bernard Shaw e Oscar Wilde. Em um vídeo,
ele é considerado `a pessoa mais famosa no Titanic'. No entanto, pouco se
registra na história sobre ele. Em seis de julho de 1895, começou a divulgar
informações escandalosas que abalaram o mundo, publicadas posteriormente no
livro "The maiden tribute of modern Babylon" ("O tributo das virgens da moderna
Babilônia"), uma referência aos quatorze jovens (sete moças e sete rapazes) que
a cada nove anos Atenas deveria pagar como tributo a Creta, e que seriam
colocados no Labirinto de Dédalo, onde morava o mítico Minotauro.
O relato de Stead trata de exploração sexual de crianças em altas esferas da
elite britânica, e isso na época da Rainha Vitória, em que falar sobre calças
diante de damas era considerado indecente. A ideia popularizada sobre o Império
Britânico era que de ele levava os `valores cristãos para o mundo incivilizado',
e de repente surgem tais relatos...
O artigo menciona ainda que Cecil Rhodes (um dos grandes colonizadores e, na
época, a pessoa mais importante na África do Sul) e Reginald Baliol Brett
(depois Lorde Esher) contaram com a colaboração de Stead em uma sociedade cujo
objetivo era `levar a paz ao mundo', utilizando a grande riqueza de Rhodes. Mas
depois se soube que seus planos incluíam a expansão do império colonial pela
violência. Rhodes usou sua influência para promover guerra na África do Sul,
Stead foi contra e por esse motivo foi marginalizado.
No artigo de Ian Fantom aparecem fotografias de Stead, do monumento existente no
prédio em que residiu em Londres e do monumento em Nova Iorque (no qual se lê:
"W.T. Stead 1849-1912; este tributo à memória do jornalista de renome mundial
foi erigido por amigos e admiradores estadunidenses. Faleceu a bordo do Titanic
em 15 de abril de 1912 e está contado entre aqueles que, morrendo nobremente,
permitiu a outros viverem").
Stead acreditava em um caminho de colaboração entre os povos, ao invés de
imposição hegemônica. Apoiava a ideia de uma língua neutra auxiliar. Desempenhou
um grande papel na fundação do Clube de Esperanto de Londres, cujas reuniões
aconteciam em seu escritório, e em 1904 tornou-se o primeiro presidente da
recém-fundada Associação Britânica de Esperanto.
Informou: Associação Paranaense de Esperanto.
Há 86 anos trabalhando em prol do esperanto no Estado do Paraná.
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Amike,
Roberto